domingo, 15 de agosto de 2010

●๋•"Momento aninha" ѽ


Ver a morte perante os nossos olhos nos faz pensar o quão mesquinhos somos em certos momentos de nossas vidas. Para que guardar tanto ódio, rancor, raiva e/ou mágoa se no final nada importa?

Já sabemos que machucamos e somos machucados diariamente. Chega a ser algo meio sado-masoquista se pararmos para pensar. Quantas vezes já fomos atrás do sofrimento por livre e espontânea vontade ou então fizemos o próximo sofrer, conscientes de tal ato? Relaxem que não vamos arder no fogo do mármore do inferno por conta disso. Faz parte da nossa essência. É inevitável.

Calma, leitor, isso não significa que estou justificando ou incentivando a maldade! Longe disso! Acredito que o bem deva sempre prevalecer. Temos que ajudar o próximo, viver de bem com a vida, procurar a paz, conviver em harmonia... Mas, porém, todavia, entretanto, possuímos um outro lado que nos faz ser individualistas, orgulhosos, possessivos. Considero-o o nosso lado animal, o qual nos faz buscar a sobrevivência. É um lado irracional, instintivo e necessário.

Como conciliar esses dois lados num único ser? E o que tudo isso tem a ver com guardar sentimentos ruins? Estou chegando lá, leitor. Acompanhe-me! Sei que divago demais.

Acho que não é nenhuma novidade que podemos controlar os nossos instintos. É difícil, principalmente quando estamos no ápice da ira, mas com muito treino, respirações e contagens regressivas, somos capazes de nos frearmos. Graças a tais técnicas, hoje vivemos em sociedade.

Porém, nem sempre interpretamos essa racionalizacão de instintos como uma busca pelo equilíbrio. Sem querer, acabamos reprimindo o nosso lado animal, o que nos leva a fazer certas 'caquinhas' na nossa vida, as quais nos deixam um caco. E, para completar, mesmo sem querer, fazemos questão de pisar no cacos de vidro descalços. Cruel, né?

Do exposto até então, afirmo que o nosso erro está em racionalizar demais as nossas emoções. A nossa mania de pensar demais nos faz remoer um passado que não terá mais sentido no futuro. Logo, sofremos à toa; criamos aversões ilógicas.

Eu não quero que você deixe de ter raiva, ódio, rancor, etc.! Esses sentimentos são provas de que você tem sentimentos e, consequentemente, irá reagir quando se deparar com as adversidades da vida. Contudo, não persista em remoê-los. Acredite: não leva a nada.

Vai ser meio auto-ajuda o que vou dizer agora, mas fazer o quê! kkkkkk! Pois bem, quando você se deparar com o seu lado impulsivo, não reprima as suas emoções. Admita para si mesmo o que você sente e deixe fluir, sem racionalizar. Se precisar de um amigo para desabafar, desabafe. Se precisar dar uns rolés por aí, dê. Só não tome medidas preciptadas. Como dizem por aí, 'a dor é inevitável, mas o sofrimento não'. E o que você vai fazer para se lembrar de tudo isso na hora 'H'? Aceitar a sua condição e a do outro de ser razão e emoção ao mesmo tempo. É isso o que nos torna imprevisíveis e mutáveis.

A busca pelo equilíbrio não é fácil. Tenha certeza de que até o seu último suspiro, você estará neste campo de batalha. O que vou falar agora é meio óbvio, mas precisei ouvir para compreender algumas falhas que andei cometendo: 'preocupe-se apenas com aquilo que está no seu campo racional, pois está sob o seu controle; no que diz respeito ao campo emocional, sinta-o e deixe que o tempo resolva'.

By Ana Leonice (aninha)

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